Entre as doenças e condições que afetam a saúde cardíaca, como infarto, pressão alta, colesterol elevado, a hereditariedade é considerada um fator de risco importante. Como é um fator sobre o qual não temos controle — diferentemente do estilo de vida –, é essencial ficar atento se você tiver familiares próximos (pai, mãe ou irmãos) que desenvolveram a doença antes dos 55 anos de idade.

Veja como a presença de ancestrais com a doença refletem no risco de desenvolver hipertensão:

  • Um dos pais tem hipertensão -> Filhos têm 25% de risco de desenvolver a doença ao longo da vida.
  • Pai e mãe têm hipertensão -> Filhos têm 60% de risco de desenvolver a doença ao longo da vida.

Nas famílias em que a doença é muito presente, a pressão alta pode se instalar cedo, na faixa dos 35 anos.

Um importante fator hereditário tem a ver com um hormônio chamado homocisteína. Pessoas com genes que favorecem níveis elevados desse aminoácido têm risco maior de sofrer de angina instável, doença cardiovascular que causa dor repentina e pode levar ao infarto.

Além da hereditariedade, existe o fator raça. Negros são mais propensos a ter pressão alta devido à maior tendência a reter sódio, um componente que leva a retenção de líquidos e ao aumento da pressão arterial.

No caso das mulheres, depois dos 55 anos — quando a maioria já atingiu a menopausa –, o risco de ter doenças do coração aumenta por conta da diminuição do hormônio estrogênio, pois ele é responsável por estimular a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. Fazer consultas periódicas com um cardiologista torna-se ainda mais importante a partir desse período.

Apesar de não conseguirmos mudar nossa genética, uma alimentação rica em vitaminas B6, B12 e ácido fólico, como fígado, banana e feijão, pode reduzir, por exemplo, os níveis de homocisteína no organismo.

Ainda, a maior parte dos fatores de risco relacionados à hipertensão são modificáveis: deixar de fumar, diminuir o percentual de gordura corporal e fazer atividade física com regularidade são essenciais para prevenir uma série de doenças cardíacas.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

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