Uma simulação de acidente de trânsito na manhã de domingo (19), nas imediações do estádio Ipatingão, atraiu muitos curiosos à avenida Roberto Burle Marx, que margeia o Parque Ipanema. A atividade integrou a Semana da Enfermagem promovida pelo Departamento de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde, e teve como principal objetivo conscientizar a população sobre as consequências trágicas da irresponsabilidade no trânsito.

A simulação foi feita em parceria com faculdades locais de Enfermagem e Medicina.  As circunstâncias do suposto acidente mostraram com realismo os terríveis desdobramentos de uma batida em que teria se envolvido um motorista embriagado. As cenas foram tão fortes que comoveram pessoas que circulavam pelas proximidades. “Eu estava fazendo minha caminhada e de repente me deparei com essa cena chocante. É muito triste saber que acidentes assim podem acontecer por irresponsabilidades”, comentou a professora Joana Andrade Santos.

A simulação

Uma pessoa ‘morreu’ e outras seis ‘ficaram feridas’ no acidente simulado. A ocorrência programada envolveu três veículos. Um deles, onde estavam três jovens supostamente embriagados, não obedeceu à parada obrigatória e colidiu com outro carro ocupado por uma família. No segundo veículo havia uma criança de oito anos.

Uma motociclista, ao avistar subitamente o ‘acidente’, perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore, ‘morrendo’ na hora. As outras vítimas teriam sofrido ferimentos mais leves, sendo levadas para hospitais da região. No carro ocupado pelos jovens, que supostamente haviam saído de uma festa, foram encontradas várias garrafas de bebidas alcoólicas.

O realismo do acidente foi tanto que eram ouvidos gritos de dor, de desespero e pedidos de socorro. Algo que é muito comum em cenas de acidente, a simulação mostrou até mesmo as pessoas que fazem fotos e compartilham nas redes sociais.

Equipes do SAMU, junto com outras ambulâncias de hospitais da rede particular, também participaram da simulação, seguindo todos os protocolos aplicados em um atendimento de emergência.

“A gente tenta fazer o mais real possível para que as pessoas possam se sensibilizar de verdade. Como foi possível perceber, as equipes de socorristas chegam ao local, fazem a triagem das vítimas mais graves e os atendimentos de acordo com a gravidade de cada um”, explica Dierry Nilton, diretor do SAMU.

“Nós planejamos a simulação assim para deixar a população bastante conscientizada e, ao mesmo tempo, proporcionar maior qualificação à nossa equipe”, enfatizou Erika França, responsável técnico.

Realismo

Para dar tintas mais reais aos ferimentos, alunas das faculdades de Enfermagem e Medicina usaram técnicas de maquiagem, lançando mão ainda de gel, vaselina e corante comestível. “Antes de iniciar a faculdade de Enfermagem eu fiz curso de maquiagem, e agora pude aplicar as técnicas que aprendi”, disse Débora Portuense.

Tudo foi pensado meticulosamente, como as posições dos veículos, a dinâmica do acidente e o posicionamento das vítimas após as colisões. Talita Soares Lopes Barbosa, estudante de Enfermagem, era quem estaria pilotando a moto. Ao tentar se desviar dos carros, perdeu o controle, bateu em uma árvore e ‘morreu’ na hora. “Muito triste. Na verdade, não quero passar por isso nunca na minha vida”, frisou.

Outros alunos encenaram curiosos, havia ainda atores tentando ajudar e outros fazendo o papel daqueles que acabam atrapalhando os trabalhos dos socorristas. Thaís Aguiar, aluna de Enfermagem, representou uma pessoa que entra em desespero em cenas de acidente. E a atuação foi tão perfeita que chorava copiosamente. “Viver essa experiência comove. Eu era apenas uma curiosa que estava passando e, de fato, quando a gente se depara com algo assim é impossível não entrar em desespero. São cenas que acontecem no dia-a-dia, e a dramatização certamente serve de exemplo para todo mundo”, concluiu.

Fonte: PMI

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