Município traça estratégias para conter risco de epidemia e intensifica campanha de conscientização junto à população

A Prefeitura de Ipatinga já prepara uma mega-ação de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti nos bairros que apresentaram elevados índices de infestação larvária no primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2020, realizado nos últimos dias. A infestação apurada na cidade na semana passada é de 5,3%, representando um aumento de 2,9% em relação à última sondagem, realizada em outubro do ano passado.

Em reunião intersetorial na tarde desta segunda-feira (13), envolvendo várias secretarias municipais, o prefeito Nardyello Rocha determinou que se iniciem imediatamente os trabalhos de controle e prevenção do mosquito transmissor das arboviroses, principalmente nos locais que apresentaram os indicadores acima do limite máximo recomendado pelas autoridades de saúde.

Entre os bairros que registraram números mais preocupantes estão Bom Jardim, Ferroviários, Horto e região industrial – 10,6%; Esperança e Ideal – 7%; Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre – 6,2%, e Caravelas e Jardim Panorama – 5,3%.

“Não podemos tratar dessa questão de forma negligente, ao mesmo tempo em que também não queremos propagar um quadro aterrorizante. Temos que ter responsabilidade, fazendo o que precisa ser feito no ataque incisivo aos focos e, acima de tudo, levando ao conhecimento da população em que, objetivamente, ela precisa participar. No que se refere às doenças por arboviroses, nós ainda não vivemos uma epidemia, mas os números do LIRAa sinalizam que a situação pode ficar preocupante na macrorregião do Vale do Aço”, avaliou o prefeito.

Causa climática e focos

A explicação da Secretaria Municipal de Saúde para o crescimento dos focos do mosquito Aedes aegypti é a associação entre o período chuvoso e o clima quente, propício à eclosão dos ovos que formam as larvas. De acordo com o Ministério da Saúde, o percentual é considerado de alerta quando está entre 1% e 3,9%. A situação de risco para uma epidemia ocorre quando o número é igual ou superior a 4%. O índice satisfatório e tolerável é abaixo de 1%.

Durante a apuração do LIRAa, foi observado que os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro dos domicílio. “Não podemos falar mentira para a população. 5,3% de infestação larvária é um número desconfortável. Nós ainda não temos uma grande circulação viral, mas as larvas do mosquito já existem, pois um o ovo pode durar até 450 dias, e vindo a chuva acaba eclodindo. Diante dessas circunstâncias, nós estamos traçando planos, inclusive nas escolas, e ainda fazendo um apelo à população para que cuide e, se necessário for, comunique à Prefeitura de Ipatinga, de modo que encaminhemos nossos agentes de combate a endemias até às residências para juntos vencermos essa batalha”, frisou ainda o prefeito.

Larvicida reduzida

Além do clima favorável à proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, outra situação apontada pela Administração pública para o alto índice larvário é a quantidade reduzida de larvicida enviada pelo Governo do Estado. Utilizada no controle de vetores, desde dezembro a entrega da substância está sendo aguardada.

“Além dos R$ 80 milhões que o Governo do Estado deve ao município, só na saúde, ele ainda está entregando em pouca quantidade substâncias importantes utilizadas nas ações de combate ao vetor, como exemplo o larvicida. Isso é preocupante, porque poderemos ter uma epidemia se não cuidarmos de forma especial. Em relação a isso, já pedi que seja feito levantamento de preço do larvicida e não descarto a possibilidade de compra, mas é lamentável vermos um quadro desses”, frisou o prefeito.

Doenças controladas

Embora o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2020 tenha mostrado números preocupantes, os casos de dengue, chikugunya e zika ainda permanecem controlados. Entre maio e junho de 2018 eram 715 casos de chikugunya para cada 100 mil habitantes, sendo que hoje são apenas seis casos para o mesmo grupo.  

fonte: PMI

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