O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou, na noite deste sábado (18), que exames laboratoriais detectaram a presença da substância tóxica dietilenoglicol (DEG) em mais dois rótulos da cervejaria mineira Backer. São elas: Corleone e Backer Trigo. Com isso, subiu para dez o número de marcas da empresa contendo DEG. Além da Belorizontina, também estão contaminados lotes da Capixaba, Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown, Backer D2, Corleone e Backer Trigo.

O novo levantamento do Mapa mostra que também aumentou o número de lotes com a presença da substância. Mais 11 somam-se aos 21 que já haviam sido identificados. Confira, abaixo, todos os rótulos e lotes contaminados:

Por causa do risco à saúde pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a Backer de vender cervejas com validade a partir de agosto de 2020. A empresa também está impedida de produzir todos os rótulos de cerveja e chopp. Além disso, a empresa mineira terá que fazer o recall de todos os produtos em que já foi constatada a contaminação. “A medida é preventiva e vale para todo o Brasil”, ressaltou o ministério.

“Ressaltamos que a empresa permanecerá fechada até que existam condições seguras de operação. Reafirmamos que os produtos somente serão liberados para comercialização mediante análise e aprovação do Mapa”, ressaltou.

A Backer foi procurada, mas ainda não se manifestou sobre os novos resultados, mas disse que já está fazendo o recall de todos os rótulos.

Risco

De acordo com o Governo de Minas, quem ingeriu qualquer cerveja da Backer e passou mal em um prazo de até 72 horas deve procurar uma unidade de saúde. “Às vezes, as pessoas apresentaram algum dano renal leve, mas desconhecem isso e precisam ser acompanhadas”, disse a infectologista da Unidade de Resposta Rápida do Estado, Virgínia Andrade.

Casos

Já são 19 notificações – 17 homens e duas mulheres. Quatro tiveram o dietilenoglicol detectado no sangue por exames – um morreu. Outros três óbitos seguem sob suspeita e 14 pessoas permanecem internadas com risco de morte. Não estão descartadas sequelas permanentes. 

Em nota, a Backer informou que “segue colaborando com as autoridades e vai respeitar a determinação da Anvisa”

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