Dezenas de profissionais da Saúde da Prefeitura de Ipatinga – enfermeiros, técnicos de Enfermagem, Agentes de Combate a Endemias (ACE) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS) – lotaram, nesta quinta-feira (13), o auditório do Hospital Municipal Eliane Martins, no bairro Cidade Nobre, para participar do 1º Seminário de Zoonoses Emergentes.

Abrindo o evento, a secretária municipal de Saúde, Érica Dias, destacou o objetivo de promover qualificação profissional sobre doenças transmitidas por animais, como Esporotricose e Leishmaniose, que promovem um impacto significativo sobre o ser humano devido à gravidade ou a potencialidade de deixar sequelas e levar à morte. A responsável pela pasta aproveitou a ocasião para salientar ainda as diversas ações em prol da saúde desenvolvidas no município.  

Gisele Rodrigues de Souza, ACS que atua na Unidade de Saúde do bairro Vila Militar, destaca que muitas são as dúvidas que a comunidade tem sobre doenças em animais de estimação. “Quando as perguntas acontecem – diz ela – é que vemos a importância de estar qualificado para orientar corretamente sobre os cuidados preventivos, as formas de tratamento, o direcionamento aos serviços de saúde que a população pode procurar”.

Já o voluntário da ONG ‘Meu Amigo Cão’, Higor Miranda, considera relevante o treinamento, uma vez que “o compartilhamento de informações ajuda as pessoas a desenvolverem atitudes de prevenção e cuidados com a saúde”. Para ele, “prevenir sempre vai ser melhor do que tratar um problema. Muitas cidades vivem epidemias como Leishmaniose, por exemplo. Grande parte da população já ouviu falar da doença, mas não sabe como se prevenir contra ela. Nesse momento é que entra o profissional de Saúde preparado para orientar”, salienta.

Entre outras palestras do Seminário, o pesquisador titular da Fiocruz, Edelberto Santos, falou sobre as Leishmanioses. Em sua visão, os estudos realizados pela Fundação, no município, encontram seu objetivo ao serem divulgados aos profissionais que fazem o atendimento à população.

“Com a pesquisa, passamos a conhecer a fauna de Ipatinga, identificamos o vetor da Leishmaniose associado ao reservatório da doença, que é o cão que está dentro das casas, além de sabermos as áreas de risco da doença na cidade. Nós esperamos que, com esse diagnóstico compartilhado, o município continue com o trabalho preventivo realizado pelos Agentes”, projetou.  

Participaram do evento a doutora pesquisadora da Fiocruz, Rosana Lanna, a Drª Carmelinda Lobato, médica infectologista da PMI e referência técnica da Vigilância Epidemiológica, e o Dr. Renato Fernandes, médico veterinário da Clínica Reino Animal , além de gestores da saúde público e vereadores da cidade.

Fonte: PMI

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