Na contramão do que tem acontecido com a maior parte dos municípios mineiros, e mesmo com a dívida de mais de R$ 115 milhões do Estado, Ipatinga ficou entre as 15 cidades mais bem colocadas de Minas Gerais no Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local, o ISDEL, que acaba de ser divulgado. O indicador, criado pelo Sebrae para medir níveis de competitividade na área de empreendedorismo, é baseado em uma análise de dados sobre as cinco dimensões responsáveis por promover o desenvolvimento econômico local. Com uma pontuação muito relevante no ranking, o município ocupa a 14ª posição dentre os 853 municípios do Estado. A média dos indicadores de Minas é 0,3951 e Ipatinga obteve 0,4260 pontos.

Considerando as mais de 5.570 cidades do Brasil, Ipatinga continua bem colocada, ocupando a 216ª posição no ranking nacional. Em todo Estado, Ipatinga aparece à frente de importantes cidades-polos como Betim (22º), Montes Claros (62º) e Governador Valadares (73º).

Dentre as cinco dimensões pesquisadas, Ipatinga se destaca com pontuação acima da média do Estado em todos os aspectos, sendo eles: Capital Empreendedor (0,6655), Tecido Empresarial (0,2623), Governança para o Desenvolvimento (0,5124), Organização Produtiva (0,4370) e Inserção Competitiva (0,1085). 

Para o prefeito Nardyello Rocha, o resultado da pesquisa mostra que as políticas públicas realizadas para fomentar a economia no município têm surtido efeito.

“Recebi com muita satisfação o resultado desta pesquisa que é realizada por um órgão tão respeitado como o Sebrae. Os números mostram que estamos no caminho certo. No início desta gestão, inauguramos a Sala Mineira do Empreendedor, que tem sido um instrumento importante para facilitação e aceleração da implantação de empresas no município. E mais uma vez estamos colhendo os frutos desta desburocratização, quando vejo que estamos em 14º do ranking das cidades que promoveram o desenvolvimento econômico local”, avaliou.
 O chefe do Executivo lembra que em outubro do ano passado outro dado também sinalizou o otimismo e a confiança dos empreendedores no ambiente de negócios da cidade. A Sala Mineira do Empreendedor contabilizou a abertura de nada menos que 48 novas empresas na cidade, registro que colocou Ipatinga em primeiro lugar no ranking da Jucemg – Junta Comercial do Estado de Minas Gerais.
 Aditivos para a economia
 A inclusão da complementação dos aposentados na folha de pagamentos do município, realizada pela atual gestão de Ipatinga, gerou uma injeção de recursos na economia local da ordem de R$ 45 milhões em 2018, “e este fator também teve forte impacto no estabelecimento de um ambiente favorável para as empresas já em operação, assim como a atração de novos investidores”, lembrou o prefeito. Além disso, ele ressaltou a influência positiva da priorização dada pela administração ao pagamento dos servidores, que foi mantido em dia durante todo o ano, apesar de todas as adversidades. “O poder público é atualmente o maior empregador do município”, enfatizou Nardyello.

Somente no mês de dezembro, foram injetados R$ 34,5 milhões na economia local graças à quitação da segunda parcela do 13º e da folha de salários do último mês do ano pela gestão municipal, para funcionários ativos e inativos.

 Pauta prioritária
O gerente regional do Sebrae, território Rio Doce e Vale do Aço, Fabrício César Fernandes, considera relevante a posição ocupada pela cidade de Ipatinga e disse que a pesquisa é um indicador de como andam os investimentos dos gestores municipais no que tange ao desenvolvimento econômico.
 “Esse resultado positivo de Ipatinga mostra que o desenvolvimento econômico é pauta prioritária na gestão pública. Essa colocação demonstra que a cidade estendeu o tapete e tem condições favoráveis para receber novas empresas e também desenvolver as que já estão implantadas”, avaliou, assinalando ainda que a Sala Mineira do Empreendedor no município “tem sido um modelo de eficiência para todo o Estado”.
 Pesquisa

O Índice Sebrae de Desenvolvimento Econômico Local – ISDEL sintetiza indicadores de fontes oficiais relacionados às 5 dimensões da abordagem de Desenvolvimento Econômico Local do SEBRAE MG. Sendo elas: Capital Empreendedor, Tecido Empresarial, Governança para o Desenvolvimento, Organização Produtiva e Inserção Competitiva. A partir do cruzamento de 30 indicadores de fontes oficiais, o ISDEL posiciona os Municípios numa escala que varia de 0 até 1 .Quanto maior o Índice, maiores são as condições para o crescimento econômico e social.

“O Sebrae acredita que o desenvolvimento passa pelos pequenos negócios, e ele é muito mais do que geração de riquezas. Para compor o Índice, estudamos indicadores que vão desde os  Sociais mais básicos, como Renda, Educação e Saúde, até Indicadores mais complexos como Valor Agregado das atividades econômicas que existem no Município”, comenta o diretor do organismo.

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