Para manter baixo o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o número de casos de doenças transmitidas pelo vetor no município, a Prefeitura de Ipatinga está adotando uma nova estratégia de trabalho. Cerca de 330 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) já atuam em conjunto com 90 Agentes de Combate a Endemias (ACE) na cidade. O objetivo é intensificar, de dois em dois meses, as buscas por focos de água parada em 80% dos imóveis do município, o que corresponde a 84 mil casas.

A força-tarefa, segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Mara Fernanda, “é um reforço no campo de trabalho. Com treinamento e atualização de informações, estamos capacitando também os Agentes Comunitários de Saúde para que durante a abordagem que já realizam eles conscientizem também os moradores sobre a importância de se prevenir o ciclo do mosquito, que começa quando há água parada. Com isso, esperamos que em menos tempo mais imóveis sejam vistoriados e a população se engaje conosco na luta contra o mosquito”, enfatiza.

A nova estratégia de trabalho foi elaborada após o governo estadual decretar situação de emergência em saúde pública contra a Dengue, em 301 municípios mineiros.

Apesar do aumento de números de casos em cidades próximas, Ipatinga registrou nas últimas quatro semanas, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, uma taxa de baixa incidência de Dengue. Foram verificados 66 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Neste mesmo período, foram notificados 171 casos de Zika, Chikungunya e Dengue na cidade.

No dia a dia

Ao lado de Marcileia Glicerio, Agente de Combate a Endemias, Maria Solange Freitas, Agente Comunitária de Saúde, que atua no posto do Veneza há 11 anos, reflete: “Já que fazemos o trabalho de orientação dos moradores sobre as atividades da Unidade de Saúde, todos os dias, inserir o assunto das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya) foi muito oportuno. Um Agente ajuda o outro e, juntos, ganhamos mais força para conscientizar a comunidade”.

Depois de ter tido Chikungunya e sentido dores nas juntas e sangramento na gengiva, por seis meses, a moradora do bairro Veneza, Jéssica Rodrigues, se habituou a sempre passar pelas plantas na casa de sua avó e verificar se há água parada nos vasos.

Ainda segundo ela, a iniciativa da Prefeitura de integrar os profissionais da Saúde foi excelente. “A minha avó sempre recebe o ACS aqui em casa. Mas, em contrapartida, nem sempre atendia o Agente que combate à Dengue. Com esses profissionais trabalhando juntos, essas dificuldades diminuem e o trabalho de fiscalizar é garantido”, comemora.

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