Cidade apresenta índices controlados da doença, numa conjuntura de epidemia no Estado e decretação de emergência pelo governo

Com mais de 140 mil casos prováveis da doença notificados, o governo de Minas decretou emergência no combate à dengue. O quadro é de epidemia em muitas regiões. De 301 municípios que deverão receber ações especiais, 46,8% apresentam incidência alta ou muito alta. Mas graças a uma série de ações empreendidas pela gestão atual, Ipatinga ainda se mantém protegida em relação a esse quadro de risco. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade apresentou nas últimas quatro semanas apenas 28 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes (o que significa incidência baixa medida pela estratificação da Secretaria de Estado da Saúde). Números acima de 300 já são considerados epidemia.

O Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue aponta que Ipatinga registrou 272 episódios da enfermidade, mas desde o mês de janeiro. Para que se tenha uma ideia do quanto o município destoa da gravidade do quadro atual, cidades como Belo Horizonte, Contagem e Betim apresentam mais de 500 casos prováveis por 100.000 habitantes de infestação do mosquito Aedes aegypti, nas últimas semanas.  

O prefeito Nardyello Rocha lembra que os índices favoráveis são resultado de várias frentes de trabalho no combate ao mosquito transmissor. “A cidade era um lixão a céu aberto e nós retiramos mais de 80 mil toneladas de detritos das ruas. É sabido que o inseto se multiplica também por meio dos lixões. Somado a isso, tivemos ainda o trabalho preventivo dentro das residências, com atuação maciça de Agentes de Controle de Endemias. Neste momento, Ipatinga é um modelo considerando a situação do Estado”, comemora o prefeito, acrescentando, no entanto, que os cuidados devem ser redobrados e o próximo passo é fazer um trabalho preventivo junto à população para manter a cidade limpa.

Chikungunya

Os números de Ipatinga também são favoráveis quando o monitoramento engloba os casos de Zika Vírus e Febre Chikungunya. Juntas, essas duas doenças somam 97 notificações em 2019. Nas últimas quatro semanas, a incidência para Chikungunya era de apenas 8 para cada 100 mil habitantes, taxa bem abaixo do que a apresentada em abril do ano passado, quando foram registrados 715 casos para cada 100 mil pessoas.

“A gente sabe que esses números podem mudar, mesmo porque isso vem acontecendo no Estado de Minas Gerais, mas nós temos que fazer nosso dever de casa, que é não permitir a proliferação do Aedes aegypti, porque ele é o vetor de toda essa arbovirose”, enfatizou Nardyello.

A Secretaria Municipal de Saúde ressalta que a mobilização dos agentes para verificar a situação nos domicílios continua intensa e, diante do quadro epidêmico no Estado, o risco maior que se corre é o de pessoas saírem saudáveis daqui, serem contaminadas numa cidade com alto índice de infestação larvária, retornarem para cá e virem a ser picadas pelo mosquito no ambiente local, prestando-se então à propagação do vírus.

Estratificação

De acordo com o boletim do Estado, a taxa de incidência da dengue é assim classificada: Baixa – menos de 100 por grupo de 100 mil; Média – de 100 a 299; Alta – de 300 a 499 e Muito Alta – acima de 500.

Dentro da classificação Muito Alta, a cidade de Betim, por exemplo, registra no momento mais de 3.550 casos por grupo de 100 mil. Em contagem, são mais de 1.560 e, em Belo Horizonte, 817.

Fonte: PMI

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