O prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius, deixou seu gabinete na tarde desta quinta-feira, 25, estacionou o carro oficial e tomou um ônibus no ponto final do bairro Floresta até o Centro, em frente à Praça Louis Ensch. O percurso durou aproximadamente 20 minutos, tempo em que o chefe do Executivo ouviu os passageiros sobre a qualidade do transporte público e a proposta de reajuste da tarifa, apresentada pelo Consórcio Fabri Fácil.

Os problemas listados pelos passageiros vão desde o atraso em horários, superlotação dos veículos, ausência de ar condicionado e, claro, o preço da tarifa: todos as pessoas que conversaram com o prefeito consideram abusivo o valor já praticado e são contra o reajuste de 18,4% reivindicado pelo consórcio, o que elevaria o custo da passagem de R$ 3,80 para R$ 4,50. O prefeito Dr. Marcos Vinicius mantém a mesma posição de 2017 e, afirma que não autorizará o reajuste.

“Mais uma vez, não concordamos com este reajuste. A realidade de Fabriciano é diferente de Ipatinga: além dos ônibus trafegaram distâncias menores e, portanto, custos menores para empresa; o cidadão tem renda menor; arrecadação do município é menor e o mais importante, as melhorias do serviço oferecido para nossa população não avançaram”, pontua. Dr. Marcos Vinicius lembra ainda que em 2016, foram dois reajustes das tarifas: em fevereiro aumentou de R$ 3,00, para R$ 3,40 e no final de 2016 foi concedido um reajuste de 11,8%, passando de R$ 3,40, para R$ 3,80. Ou seja, um aumento de quase 20% em menos de 12 meses. “Não houve melhorias na época e o trabalhador, também não teve este reajuste no seu salário. O preço tem que ser compatível com a qualidade do serviço, e o cidadão já paga muito caro pelo o que ofertado”, completa.

Atualmente, a frota do transporte coletivo de Fabriciano é de 34 ônibus e para que todos os custos apresentados para manutenção destes veículos sejam comprovados será feita uma auditoria externa. 

CONTRA A DEMISSÃO

O prefeito também criticou as declarações de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes do Vale do Aço (Sinttrocel) que “responsabilizam” os municípios pelo atraso nas negociações salarias com a categoria e a possibilidade de paralisação do transporte público.

“Entendemos o lado da empresa, mas também sabemos a situação de Coronel Fabriciano. E hoje não existe margem para discutir aumento de passagem e, principalmente, demitir trabalhadores. A Prefeitura também deixou de receber repasses do Estado e ao invés de demitir profissionais, fizemos gestão das receitas e despesas… A ameaça de paralisação, demissão dos trabalhadores do transporte comigo não funciona… é o Sinttrocel que tem a obrigação de defender o interesse da categoria”, critica.

Fonte: PMCF

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