Profissionais da educação de Ipatinga participaram, no último fim de semana, no auditório da Faculdade Pitágoras, no bairro Horto, do seminário “Educação Especial Inclusiva: desafios, necessidades e conquistas”. O encontro foi realizado pelo Centro de Atendimento Multidiciplinar Herbert de Souza (Cenam), que atende atualmente cerca de 400 crianças cegas, surdas e que apresentam déficit de atenção.

Foram abordados temas como Erros de Pensamentos e seus Impactos sobre as Relações; Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH); Processamento Auditivo Central e Empreendedorismo Infantil.

Conforme Sidymar Oliveira Dias, diretor do Cenam, o principal objetivo do seminário é capacitar os profissionais a aprenderem lidar com as dificuldades dos alunos. “O que queremos é propiciar um momento de formação qualificado e diferenciado, com profissionais muito bem preparados e que dominam os temas, para que os professores, após esse novo momento, possam ter mais subsídios teóricos que os auxiliarão na prática diária, buscando motivar e melhorar a aprendizagem dos alunos”, disse.

A Educação Inclusiva teve um ganho importante no município, em 2019. Eram 150 crianças atendidas, e este ano o número aumentou para quase 400 alunos matriculados em escola regular. Isso foi possível com a contratação de psicólogos e assistentes de Educação Especial, pelo atual governo. “Toda a rede da educação conta muito com o Cenan e nós temos liberado muitas crianças alfabetizadas. Ainda temos muitos desafios, principalmente contar com o apoio de toda a sociedade”, acrescentou Alexandra Ferreira de Matos Silva, coordenadora do Cenam.   

Desenvolvimento

Uma das palestras foi ministrada pela pedagoga e especialista em gestão de pessoas, Yara Almeida. Ela falou sobre o Empreendedorismo Infantil e como ele pode ser aplicado em sala de aula pelos professores. “Muita gente associa o empreendedorismo à abertura de empresa, mas a gente trabalha essa ferramenta no sentido amplo de estilo de vida, tratando como comportamentos que devem ser estimulados em toda pessoa. Isto é de fundamental importância no processo de desenvolvimento da criança”, disse.

A pedagoga acrescentou que os educadores podem trabalhar de forma a estimular a autonomia e responsabilidade do aluno com atividades que irão desenvolver as habilidades socioemocionais. “O professor – ela explica – pode pedir àquela criança que tem mais facilidade para desenvolver monitoria com aquelas outras que têm um pouco mais de dificuldade. Cabe aos educadores propor projetos para que os alunos percebam uma situação-problema em torno da comunidade em que eles vivem, e levem para sala de aula, discutindo, trabalhando em grupo, ativando o espírito de liderança, em equipe e contribuindo para a resolução de problemas”, resumiu.

Fonte: PMI

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