Audiência pública realizada nesta terça-feira pela Câmara apresentou os números de casos de doenças relacionadas ao mosquito Aedes Aegypti e as ações tomadas pelo governos municipal e estadual

A Câmara Municipal de Ipatinga realizou na tarde desta terça-feira (17) a última audiência pública do ano. Solicitada pela Comissão de Saúde Pública, sob a presidência do vereador Fábio Pereira – Fabinho, a audiência pública veio com o propósito de apresentar as ações que vêm sendo tomadas no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e zika.  

Segundo a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Ipatinga, o cenário na cidade é o oposto ao constatado em Minas Gerais.

“Enquanto o Estado vive um surto de dengue, as doenças relacionadas ao Aedes Aegypti estão sob controle no município. Tivemos 70% menos casos neste ano do que em 2018. E não foi constatado nenhum óbito em 2019”, disse Mara Fernanda Andrade Félix.  

Ela atribuiu a queda ao trabalho incessante da equipe municipal de saúde, que vem realizando uma série de trabalhos traçados pelo Plano de Contingência Municipal, como visitas domiciliares, limpeza urbana e ações de educação.

Mara Félix afirmou, no entanto, que o último levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (Lira), metodologia de avaliação do foco do mosquito Aedes Aegypti em residências, divulgado em outubro deste ano, apresenta um aumento de 0,8% em relação ao levantamento anterior.

Isso significa que a infestação de larvas do mosquito ficou em 2,4%, acima do máximo de 1% recomendado pela Ministério da Saúde, o que coloca o município em estado de alerta. “Isso serve para que todos, não só o Poder Público, mas também a população, redobre os cuidados de prevenção”.   

Ao apresentar os números, a diretora apontou os bairros Esperança, Cidade Nobre e Iguaçu com os índices mais altos de foco do mosquito. “Mais de 70% dos focos se localizam dentro das residências. Por isso, a importância da população se esforçar para combater todo tipo de foco do Aedes”.

O representante da Superintendência Regional de Saúde seguiu o fala da diretora da Prefeitura e atribuiu à população grande parte da responsabilidade no controle do Aedes Aegypti.

“Resíduos sólidos são jogados em lotes vagos, bueiros, galerias, vias públicas, mas aponta o Poder Público como culpado. O cidadão tem que tomar ciência de seu papel na sociedade.”

Ele adiantou qual será a linha da campanha do Estado de Minas Gerais no ano que vem. “As campanhas publicitárias seguirão um caminho da educação, conscientizando o papel transformador das pessoas no combate às doenças relacionadas ao mosquito”.

Durante a audiência, o público presente pôde participar, se manifestando na Tribuna. O aposentado José Ramos da Silva, de 84 anos, morador do bairro Veneza II, elogiou a iniciativa e destacou a importância de ações como a audiência na conscientização da comunidade. “Controlar o mosquito depende muito dos moradores. Temos que fazer a nossa parte”.

O vereador Fabinho enfatizou que a Comissão de Saúde continuará acompanhando os levantamentos sobre os trabalhos de combate ao mosquito e destacou também a importância do envolvimento da população.

“Como foi falado aqui [na audiência pública], os trabalhos dos agentes de saúde merecem todo o nosso reconhecimento, diante das dificuldades enfrentadas diariamente por esse profissional. Por isso a importância de chamar a população para participar juntamente com o Poder Público no combate aos focos do mosquito Aedes Aegypti”.

Fonte: CMI

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