Uma das propostas para minimizar o problema é a implantação de hidrômetro coletivo no acesso à ocupação (Foto: divulgação/PMT)

A Prefeitura de Timóteo, por meio da Procuradoria Geral do Município e da Secretaria de Planejamento, chegou a um entendimento com a direção regional da Copasa para suspender a ação que previa a interrupção do abastecimento de água para os moradores da ocupação no bairro Recanto Verde, na Regional Leste do município. 

Os cortes de ligações clandestinas/irregulares na mencionada comunidade estavam programados para esta quinta (8) e sexta-feira (9) e contaria com o apoio do 85º Batalhão de Polícia Militar. Entretanto, ainda no fim da tarde de quarta-feira, o procurador geral do Município, Humberto de Souza Abreu, conseguiu chegar a um entendimento com a Copasa para cancelar a ação.

Antes da reunião com a direção da Copasa no Vale do Aço, Humberto Abreu, manteve contato com representantes do Ministério Público para expor a gravidade da situação, haja vista que a ocupação mencionada possui famílias com muitas crianças e idosos. “Não podemos tratar com indiferença uma situação que já perdura há vários anos em nossa cidade”, pontuou o procurador, que aproveitou para agradecer a sensibilidade da Copasa.

Há vários anos, o município de Timóteo sofre com a falta de programas habitacionais, o que tem prejudicado uma parcela significativa da população, especialmente, a mais vulnerável socialmente. Há pouco mais de um ano à frente da Prefeitura de Timóteo, a atual gestão vem atuando no sentido de tentar minimizar o sofrimento de dezenas de famílias e encontrar alternativas para o problema.

Nesse sentido, desde que assumiu o prefeito Douglas Willkys determinou a abertura de diálogo com os movimentos sociais. O subsecretário municipal de Habitação Arístenes Menezes, seguindo orientação do prefeito, tem exercido um papel fundamental de interlocução junto aos moradores das ocupações e aos movimentos sociais que atuam nessa área.

Alternativas

O procurador adiantou que na Prefeitura de Timóteo estão em andamento estudos de alternativas para contornar a questão das ligações clandestinas. Uma das propostas refere-se à implantação de hidrômetro coletivo no acesso à ocupação. Entretanto, os critérios ainda estão em discussão, como a forma de cobrança pelo uso da água, a distribuição e o controle na distribuição da água para as famílias.

“Estamos buscando soluções para um antigo problema em nosso Município. Não é uma questão fácil de ser resolvida, mas estamos empenhados”, resumiu Humberto Abreu, lembrando que algumas ocupações estão situadas em área particular e, por isso, estão com processos correndo na Justiça, o que dificulta uma solução mais ágil.

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